CRUZADAS
As Cruzadas são tradicionalmente definidas como expedições de caráter "militar" organizadas pela Igreja, para combaterem os inimigos do cristianismo e libertarem a Terra Santa (Jerusalém) das mãos desses infiéis. O movimento estendeu-se desde os fins do século XI até meados do século XIII. O termo Cruzadas passou a designá-lo em virtude de seus adeptos (os chamados soldados de Cristo) serem identificados pelo símbolo da cruz bordado em suas vestes. A cruz simbolizava o contrato estabelecido entre o indivíduo e Deus. Era o testemunho visível e público de engajamento individual e particular na empreitada divina.
Partindo desse princípio, podemos afirmar que as peregrinações em direção a Jerusalém, assim como as lutas travadas contra os muçulmanos na Península Ibérica e contra os hereges em toda a Europa Ocidental, foram justificadas e legitimadas pela Igreja, através do conceito de Guerra Santa -- a guerra divinamente autorizada para combater os infiéis.
"Para os homens que não haviam se recolhido a um mosteiro, havia um meio de lavar suas faltas, de ganhar a amizade de Deus: a peregrinação. Deixar a casa, os parentes, aventurar-se fora da rede de solidariedades protetoras, caminhar durante meses, anos. A peregrinação era penitência, provação, instrumento de purificação, preparação para o dia da justiça. A peregrinação era igualmente prazer. Ver outros países: a distração deste mundo cinzento. Em bandos, entre camaradas. E, quando partiam para Jerusalém, os cavaleiros peregrinos levavam armas, esperando poder guerrear contra o infiel: foi durante essas viagens que se formou a idéia da guerra santa, da cruzada".
O movimento cruzadista foi motivado pela conjugação de diversos fatores, dentre os quais se destacam os de natureza religiosa, social e econômica. Em primeiro lugar, a ocorrência das Cruzadas expressava a própria cultura e a mentalidade de uma época. Ou seja, o predomínio e a influência da Igreja sobre o comportamento do homem medieval devem ser entendidos como os primeiros fatores explicativos das Cruzadas.
Tendo como base a intensa religiosidade presente na sociedade feudal a Igreja sempre defendia a participação dos fiéis na Guerra Santa, prometendo a eles recompensas divinas, como a salvação da alma e a vida eterna, através de sucessivas pregações realizadas em toda a Europa.
O Papa Urbano II, idealizador da Primeira Cruzada, realizou sua pregação durante o Concílio de Clermont rompida com a separação da Igreja no Cisma do Oriente, o Papa assim se dirigiu aos fiéis: " Deixai os que outrora estavam acostumados a se baterem impiedosamente contra os fiéis, em guerras particulares, lutarem contra os infiéis. Deixai os que até aqui foram ladrões tornarem-se soldados. Deixai aqueles que outrora bateram contra seus irmãos e parentes lutarem agora contra os bárbaros como devem. Deixai os que outrora foram mercenários, a baixo soldo, receberem agora a recompensa eterna. Uma vez que a terra onde vós habitais, é demasiadamente pequena para a vossa grande população, tomai o caminho do Santo Sepulcro e arrebatai aquela terra à raça perversa e submetei-a a vós mesmos".
A ocorrência das Cruzadas Medievais deve ser analisada também como uma tentativa de superação da crise que se instalava na sociedade feudal durante a Baixa Idade Média. Por esta razão outros fatores contribuíram para sua realização.
Muitos nobres passam a encarar as expedições à Terra Santa como uma real possibilidade de ampliar seus domínios territoriais.
Aliada a esta questão deve-se lembrar ainda de que a sucessão da propriedade feudal estava fundamentada no direito de primogenitura. Esta norma estabelecia que, com a morte do proprietário, a terra deveria ser transmitida, por meio de herança, ao seu filho primogênito. Aos demais filhos só restavam servir ao seu irmão mais velho, formando uma camada de "nobres despossuídos" -- a pequena nobreza -- interessada em conquistar territórios no Oriente por meio das Cruzadas.
Tanto a Cruzada Popular como a das Crianças foram fracassadas. Ambas tiveram um trágico fim, devido à falta de recursos que pudessem manter os peregrinos em sua longa marcha. Na verdade, as crianças mal alcançaram a Terra Santa, pois a maioria morreu no caminho, de fome ou de frio. Alguns chegaram somente até a Itália, outros se dispersaram, e houve aqueles que foram seqüestrados e escravizados pelos mulçumanos. Com os mendigos da Cruzada Popular não foi diferente. Embora tivessem alcançado a cidade de Constantinopla (sob péssimas condições), as autoridades bizantinas logo trataram de afastar aquele grupo de despossuídos. Para tanto, o bispo de Constantinopla incentivou os peregrinos a lutarem contra os infiéis da Ásia. O resultado não poderia ser outro: sem condições para enfrentar os fanáticos turcos seldjúcidas, os abnegados fiéis foram massacrados. Além dessas duas cruzadas, tiveram ainda oito cruzadas oficialmente organizadas, em direção à Terra Santa.
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ResponderExcluirParabéns Jean e Valeska!
ResponderExcluirEssa iniciativa é muito interessante e criativa. Sou defensor dos bons blogs!
Espero que vocês tenham êxito nesta atividade.
Abração do Elber.
Jean: amei a proposta do blog de vcs...bem criativa!
ResponderExcluirA parte visual está bem envolvente...
Abraços carinhosos.
Caio e Gustavo(7°D): Achamos o blog muito interessante, a proposta de nos ajudar nos estudos é bem bacana, e aliás, muito legal, mas achamos que deveria ter alguém dedicado a postar sempre.
ResponderExcluir---
Uma dica pra postar com mais facilidade e sem pecisar entrar em nenhum navegador, e o "Windows Live Writer". Procura no Google e você acha, é bem eficiente e útil. Dica por: Gustavo
Caio e Gustavo(7°D): e só pra puxar um pouquinho o saco, gostamos muito das coisas faladas sobre as crianças afegãs, não imaginavamos que isso poderia acontecer com alguém, pois é bem desumano.
ResponderExcluirValeeu pelo Blog!
Por: Caio e Gustavo.
Caio Darós:achei muito legal!gostei porque vi mais sobre a jihad e também com o livro Mohamed
ResponderExcluirvi mais sobre as dificuldades infrentadas pelos meninos e mulheres afegãs,é horrível;não imaginava que isso poderia aconteser com alguém
é incrivel!Sem falar que é uma história linda de amor,percistencia e desejo!adorei o livro e recomendo!valeu!!!!!!!!!
acho que deviam postar mais textos com assuntos diferentes não só do que nós estamos
ResponderExcluirestudando,mas também assuntos do dia a dia atual como assuntos de muita importancia mundial,descobertas comentarios de voces que fazem o blog,diversificar mais os assuntos do blog!!!!!!!!!!valeeeeeeeeeeeu!!!!!
adorei também o livro do Prometeu,achei muinto legal e bate muito com o tema de portugues,há é lógico...mas eu pessoamente adoro o tema MITO
ResponderExcluire gostaria de ler mais livros assim!parabens JEAN e WALESKA!!!!!!!!!
Bom dia professores!
ResponderExcluirAntes de tudo gostaria de elogiar a escolha dos livros que fizeram, são maravilhosos!
Gostaria de parabenizá-los pelo blog. Esta ferramenta é prazerosa para os alunos e de grande valia para os estudos.
Caio gostou muito de participar.
Abraços e mais uma vez, parabéns aos dois!
Profª Mara Darós Gomes